esquizofrenia

Tratamento da Esquizofrenia

O que é esquizofrenia?

A esquizofrenia é uma patologia psiquiátrica onde os sintomas são marcados por surtos que levam o paciente a trocar a realidade por alucinações e delírios. Atualmente, a doença pode ser classificada em até cinco tipos: esquizofrenia paranoide, esquizofrenia desorganizada, esquizofrenia catatônica, esquizofrenia indiferenciada e esquizofrenia residual.

A mais comum é a paranoide, quando o indivíduo passa a apresentar delírios persecutórios, enxergar coisas e agir de forma bizarra. Mesmo assim, é considerada a menos grave, mas não menos branda, uma vez que responde de forma mais satisfatória ao tratamento.

Quais são os sintomas da esquizofrenia?

Os sintomas da esquizofrenia são divididos entre positivos – delírios, desorganização da linguagem, alucinações, catatonia, entre outros – e negativos – retração, anedonia, anergia e embotamento afetivo. Se os delírios forem de ordem grave, não é preciso que outros desses sintomas sejam verificados. Apesar disso, é necessário que haja muito cuidado no momento do diagnóstico, porque outras doenças, além da esquizofrenia, têm como característica os sintomas psicóticos.

Como é feito o diagnóstico da esquizofrenia?

O diagnóstico da esquizofrenia deve ser feito após o paciente em um período de no mínimo um mês ou mais, apresentar um dos sintomas específicos da doença. Usualmente, antes da doença revelar-se de fato, existe um período -, normalmente de seis meses – chamado de “disfunção social/ocupacional” em que alguns dos sintomas da patologia já se manifestam. Quando o diagnóstico da esquizofrenia surgir na infância ou na adolescência, significa que o desempenho acadêmico e o desempenho pessoal já eram abaixo da média em relação os demais indivíduos.

Quais os tipos de esquizofrenia e como identifica-las?

De acordo com as divisões de ordem psicopatológica, de curso e de resposta ao tratamento, a esquizofrenia pode ser subdivida em até cinco subtipos.

A esquizofrenia paranoide é a forma mais frequente e a sensação de perseguição e os delírios são os sintomas comuns à doença. Aquela que, além dos delírios e das alucinações, apresenta indícios de comportamento catatônico e dificuldade de expressão, é conhecido como esquizofrenia indiferenciada.

Já a esquizofrenia desorganizada ou hebefrênica costuma apresentar sintomas de linguagem ou comportamento bagunçado e catatônico, mas sem a ocorrência de delírios. Já o paciente que apresentar mais sintomas negativos do que positivos podem ser diagnosticado com esquizofrenia residual. Por último, a forma mais rara de esquizofrenia, conhecida como catatônica, tem como principal característica a imobilidade ou a excessiva atividade motora.

Quais são as causas da esquizofrenia?

Muito já foi dito e estudado a respeito das causas da esquizofrenia, entretanto, as razões de cunho científico continuam sendo investigadas a fundo, sem evidências conclusivas sobre o assunto. Algumas das causas já analisadas são o excesso de atividade dos neurônios de serotonina, a diminuição da atividade do glutamato e o excesso do neurotransmissor dopamina (DA).

O tratamento da esquizofrenia pode ser feito por meio de remédios, conhecido como tratamento farmacológico. Uma alternativa menos utilizada, mas eficaz, é a eletroconvulsoterapia ou o de ordem psicossocial. Um tratamento não impede que outro seja utilizado ao mesmo tempo. Esse ponto depende do diagnóstico do paciente dado pelo médico psiquiatra.

Como é o tratamento farmacológico para esquizofrenia?

O tratamento farmacológico para esquizofrenia utiliza a medicação neuroléptica, pois diminuem alguns sintomas da esquizofrenia, tais como alucinações e catatonia, no entanto, surtem pouco efeito na falta de sociabilidade e no afeto. Os pacientes que não apresentam melhoras com o uso desses remédios de via oral, podem tomar injeções quinzenais ou mensais. Elas diminuem as taxas de recaída de sintomas na maioria dos casos.

Se o paciente não apresentar melhora com o uso das drogas tradicionais, é possível utilizar medicações conhecidas como antipsicóticas atípicas. A clozapina reduz os indícios de depressão e de tendências de suicídio. Aquela que costuma ser utilizada em pacientes que estão hospitalizados é chamada de risperidona. Muitos outros além desses dois medicamentos estão sendo testados e introduzidos no mercado de tratamento da esquizofrenia.

A eletroconvulsoterapia em alguns casos é usada como tratamento adjunto em raros os casos. O tratamento psicossocial é utilizado para apoiar o paciente no intuito de ensiná-lo a depender menos de cuidadores ou de familiares. Também é extremamente importante no fornecimento de instrução e de base para a família do paciente.

Esquizofrenia no Brasil e no mundo

As estimativas indicam que 1% das pessoas em todo o mundo sofrem de esquizofrenia. A doença costuma atingir de modo mais grave os pacientes de classes socioeconômicas inferiores devido ao baixo poder aquisitivo, algo que impede a busca de um tratamento qualificado. A própria renda das famílias que têm um integrante esquizofrênico costuma ser mais baixa porque 10% deles são filhos de pessoas que sofrem da mesma doença.
A esquizofrenia atinge um pouco mais os homens do que as mulheres em função do organismo masculino não responder tão bem ao tratamento de Esquizofrenia a base de neurolépticos, os remédios mais eficazes para tratar da doença. Dados indicam que entre 9% e 13% dos esquizofrênicos, geralmente homens, cometem suicídio, sendo esse o principal fator de morte entre eles.