Diferenças entre tratamento somático e psicoterapêutico

Tratamento somático e psicoterapêutico

Os tratamentos psiquiátricos podem ser divididos em duas grandes categorias: somáticos e psicoterapêuticos. Nos distúrbios mais graves as categorias tornam-se complementares. Ou seja, são utilizadas simultaneamente para um melhor resultado.

Dentro do grupo de tratamentos somáticos estão as terapias farmacológicas e eletroconvulsionantes.

Tratamento farmacológico:

Quando o problema apresenta indícios de dificuldades orgânicas do cérebro, é possível melhorar a comunicação entre os neurônios com remédios específicos. Ou seja, as doenças que vão além de conflitos psicológicos, sendo ocasionadas por barreiras químicas e físicas, podem receber ajuda de antidepressivos, antipsicóticos para esquizofrenia, estabilizantes de humor para pacientes bipolares, ansiolíticos para síndrome do pânico e fobias, derivados da ansiedade.

Terapia eletroconvulsionante:

Também conhecido como eletrochoque, a terapia eletroconvulsionante, apesar de muito estigmatizada, tem demonstrado os melhores resultados para o tratamento dos casos mais graves de depressão. Considerada segura e com baixo índice de complicações, a terapia consiste na indução de convulsões através de descargas elétricas geradas a partir de eletrodos colocados na cabeça com o fim de provocar um realinhamento das funções elétricas do cérebro. Atualmente, anestésicos e relaxantes musculares reduziram em grande medida os riscos desta terapia para o paciente.

Tratamentos psicoterapêuticos

Dentro do grupo de tratamentos psicoterapêuticos estão a psicoterapia e a terapia do comportamento.

Psicoterapia:

Os psiquiatras não são os únicos profissionais da saúde preparados para praticar a psicoterapia. Também podem incluir-se psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e diversos profissionais não relacionados à área da saúde. Na psicoterapia são aplicadas técnicas psicológicas através do uso sistemático da relação paciente-terapeuta. Mesmo que a psicoterapia possa ser aplicada amplamente, os psiquiatras são os únicos profissionais da saúde mental autorizados a receitar fármacos.

A psicoterapia pode ser: dinâmica, cognitivo-comportamental, humanista ou comportamental.

A psicoterapia dinâmica deriva da psicanálise e baseia-se em ajudar o doente a compreender as suas estruturas e conflitos internos que podem estar a criar sintomas e dificuldades nas suas relações. A terapia cognitivo-comportamental centra-se primariamente nas distorções do pensamento do doente. A terapia humanista centra-se no desenvolvimento da percepção do próprio indivíduo e em suas relações interpessoais. A terapia comportamental está orientada para ajudar os doentes a modificar a sua forma de reagir diante de acontecimentos que ocorrem à sua volta. As diferentes escolas psicoterápicas também são complementares, podendo ainda ser aplicadas em grupos.

Hipnose e hipnoterapia A terapia do comportamento:

Estas técnicas podem promover o relaxamento, diminuindo a ansiedade e a tensão. Complicações psiquiátricas fruto de doenças físicas, podem ser aliviadas com hipnose e hipnoterapia.