Como Freud enxergou a formação da personalidade humana: id, ego e superego

Id, Ego e Superego

O médico neurologista Sigmund Freud, austríaco e criador da psicanálise por meio de seus estudos da mente, descreveu uma nova abordagem na compreensão do ser humano. Suas teorias partiram na ideia de que o ser humano nada mais era que um animal dotado de razão imperfeita e comandado por desejos e sentimentos.

Dentre diversas outras e não menos importantes teorias – tais como os mecanismos de defesa -, Freud articulou o que seriam os pilares da formação da personalidade de qualquer pessoa. Um modelo estrutural da psiquê composto de três construtos teóricos, ou seja, formado não propriamente de estruturas físicas, mas de interações e atividades mentais. Seriam eles o id, um conjunto de tendências de instintos descoordenadas; o ego sendo uma porção realista e organizada e, por sua vez, o superego desempenhando um papel crítico e moral.

O médico percebeu que o homem era movido por diversas forças instintivas, geradas por impulsos naturais. “O bebê é id puro que em contato com o mundo, vai aprendendo por identificações, como um espelho e o mundo vai dizendo como ele é”, explica a psicanalista Lucila Faerchtein, em vídeo para o Canal Philos. Neste contato, o ser também vai aprendendo como ele deve ser com a educação. A aceitação de tudo isso se dá como forma de preservar aqueles que lhe protegem, como a mãe e o pai.

Posteriormente, esse sentimento é introjetado e os  impulsos não são mais voltados somente para laço dos pais, mas para seu próprio cuidado. “Para eu me amar eu devo fazer isso”, completa a psicanalista. Dessa forma, passa a criar-se um modelo interno e externo de valores morais e sociais, formando portanto, o superego.

O superego, além das ordens morais que “reprimem” o id, também se ocupa das expectativas do indivíduo, do eu “ideal”: “eu deveria ser uma boa bailaria”, “por que não me casei ainda”, “como não estou no topo” etc. Não raro, as pressões do superego causam exigências muito severas que geram conflitos e um exaustão exacerbada. Sendo assim, é muito importante conhecer-se bem e ter esclarecidos os impulsos que temos e por que os temos e, a partir daí passar a ter uma relação corpo/mente mais harmônica.

Assista o vídeo sobre id, ego e superego clique aqui (Canal Philos)