Depressão entre os jovens

Depressão entre os jovens

Nos últimos anos a depressão ficou mais frequente entre adolescentes, o que aumentou também os riscos de suicídio entre os jovens que compõem essa faixa da população. Na américa latina, onde em média dez pessoas tiram a própria vida diariamente, são 16 milhões de pessoas entre 10 e 19 anos que afirmam possuir algum tipo de transtorno mental. O mais triste é que o desfecho de 1 em cada 10 casos graves como esses, termina em suicídio.

Não é possível apontar uma única causa, entretanto, internet tem papel fundamental. Existem evidências que a depressão vinha aumentando incidência entre os jovens já com o surgimento das redes sociais, devido às comparações em relação seus corpos, estilos de vida, entre outros.

Entretanto, foi durante a pandemia e suas privações que a curva deu um salto. Os jovens foram os mais afetados pela falta de interação social e aumento de comportamentos tóxicos como bullying e outros assédios, aumentando sintomas de ansiedade e falta de ânimo.

Perceber quando um adolescente está passando pelo quadro de depressão não é tarefa fácil, porque diferentemente do que muitas pessoas acreditam, o depressivo não necessariamente tem o semblante de alguém triste que não sai da cama. Às vezes, alguém depressivo pode ter ânimo para levantar-se e até mesmo ir a festas, mas passam a maior parte do dia com humor irritável. Quando mudanças de ânimo e humor são recorrentes em diversas situações e lugares, é bom dar atenção e, se necessário, pedir orientação especializada.

Atualmente, tem sido necessário cada vez mais o uso de medicamentos como forma de apoio no tratamento de pacientes jovens de depressão. Hoje se percebe que essa patologia não está apenas frequente entre os jovens, mas mais sintomática e com maior risco de suicídio.

Infelizmente, muitos pais que possuem filhos nessas condições erguem barreiras de negação, buscando diluir o problema entre as características próprias da adolescência. Em vez disso, é preciso levar algumas mensagens a sério e não crer que tudo não se passa de dramatização.