Uso indiscriminado das chamadas “Drogas Z” preocupam profissionais da saúde

Uso descontrolado de Zolpidem preocupa psiquiatras

Há 20 anos era jogado no mercado os fármacos hipnóticos, como o zolpidem, que prometiam combater a insônia sem os efeitos negativos do outro dia. Hoje o que se vê é um aumento substancial no consumo dessas medicações, chamadas drogas Z (zolpidem, zopiclona ou eszopiclona, e zaleplona). Nessa mesma onda, surgiram relatos sobre os efeitos colaterais e comportamentos bizarros por quem tomava a medicação sem controle e por muito tempo. Essa constatação acendeu um alerta nos profissionais de saúde.

Nos últimos anos, relatos sobre o uso descontrolado destes remédios em redes sociais,  histórias de pacientes que andaram pela rua, realizando diferentes tarefas e que, ao acordarem, não entediam nada. Há pessoas que se machucam  ou machucam outras pessoas como que sonâmbulas. Outras fazem compras em um shopping, brigam e se machucam, tudo sob estado de consciência afetado e sem que a pessoa se recorde.

O zolpiden, quando não indicado por profissional psiquiatra, pode levar a complicações que colocam em risco a vida do paciente por estar em outro estado de consciência. O zolpiden, vendido sob nomes comerciais, é uma medicação para uso pontual como, por exemplo, auxiliar outro tratamento. Sua composição possui alto potencial de desenvolver dependência, bem como, efeito tolerância, quando se toma mais para obter os mesmos efeitos.

Acende o alerta para de que esse fármaco não seja usado indiscriminadamente pela população ansiosa, pois essa não é a indicação. O zolpiden tem propósitos específicos e, caso não haja acompanhamento médico, pode ser altamente danosa.